Tudo o que você precisa saber antes de compartilhar seu WhatsApp com o paciente
- Isabel Garcia
- 26 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
É plenamente possível compartilhar seu número telefônico com seus pacientes, mas isso não significa que você deva se tornar refém de um aplicativo. Afinal, o lugar da consulta não é nas trocas de mensagens.

Por isso, antes mesmo de compartilhar seu whatsapp com o paciente, é essencial esclarecer os limites e as restrições para o uso deste meio de canal de comunicação, evitando assim o desgaste na relação firmada com seu paciente em decorrência do uso do aplicativo de mensagens. 1. Deixe claro, desde o início, que o contato por mensagens não substitui a consulta. Mesmo que você realize teleconsultas, o paciente deve compreender que a plataforma adequada para consultas é aquela estabelecida no momento do agendamento, e não o aplicativo de mensagens..
2. É importante ressaltar que, ao compartilhar seu whatsapp, você não está se comprometendo a estar disponível 24 horas por dia.
3. Além disso, nunca delegue a terceiros a responsabilidade de responder às mensagens, pois todas as informações compartilhadas são de sua responsabilidade. Se decidir compartilhar seu número, faça-o apenas se tiver condições de gerenciar as respostas.
4. Em hipótese alguma esqueça de anexar ao prontuário todas as informações trocadas com o paciente. Sempre que possível, inclua capturas de tela das mensagens ou faça a transcrição delas.
Por fim, é fundamental ter um contrato com o paciente, especificando os canais de comunicação adequados. Isso ajudará a evitar, por exemplo, que ele entre em contato diretamente no seu número para agendar consultas, em vez de utilizar o número comercial da sua clínica.
Caso tenha dúvidas, não hesite em consultar um advogado especializado em direito médico para obter orientações.
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Isabel Garcia
Advogada, OAB/BA 73.967
Sócia-fundadora do IG Advogados, especialista em Direito Médico pelo Instituto de Ensino Samantha Takahashi (IEST), pós-graduada em Direito Médico e Bioética pela Escola Brasileira de Direito (EBRADI), integrante do grupo de estudo de Direito Médico e da Saúde da OAB Jovem da Bahia no período entre 2023 e 2024, certificada em Direito Médico e Autonomia do Paciente pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), Responsabilidade Civil do Médico pela Escola Superior de Advocacia Orlando Gomes (ESA/BA) e Lei Geral de Proteção de Dados pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
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